sábado, 16 de julho de 2011

Sistema Circulatório

  Aparelho Circulatório
O aparelho circulatório é constituído por um órgão muscular, o coração e vasos sangüíneos que permitem a circulação do sangue a todas as partes do organismo.
O coração é um músculo formado por quatro bombas distintas: duas de preparação, os átrios; e duas bombas pressoras, os ventrículos. O coração está localizado no centro do tórax, entre os dois pulmões, em uma região que se chama mediastino.
O tecido muscular que forma o coração é chamado tecido muscular estriado cardíaco, que é a sua camada média. A camada interna que forra o miocardio é chamada de endocardio. Há também uma membrana dupla que reveste o coração chamada pericárdio.
O pericárdio é uma serosa, ou seja, uma membrana dupla com estrutura epitelial que protege o coração.
O coração está dividido em duas metades: esquerda e direita, cada uma delas subdivididas em duas câmaras. As câmaras superiores, os átrios; as câmaras inferiores, os ventrículos.
O Átrio funciona, em grande parte, como uma bomba primária (fraca) que aumenta aproximadamente 30% a eficácia dos ventrículos, como bombas. Entretanto o coração pode funcionar de modo bastante satisfatório, nas condições normais de repouso, sem esses 30% adicionais, por ter capacidade (normalmente) de bombear de 300% à 500% mais sangue do que é necessitado pelo corpo.
O Ventrículo, por sua vez, fornece a força principal que arremessa o sangue pela circulação pulmonar. Durante a sístole ventricular (Período de contração) grande quantidade de sangue se acumula nos Átrios, devido ao fechamento das válvulas. Coma conseqüência, tão logo termina a sístole e as pressões sistolicas começam a cair de volta a seus valores diastólicos (relaxamento ou dilatação), as pressões moderadamente aumentadas, nos Átrios promovem a abertura das válvulas permitindo o fluxo rápido de sangue para os ventrículos.
O Átrio direito comunica-se com o ventrículo direito pela válvula tricuspide; O Átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo pelo válvula mitral.
As válvulas são membranas que se achatam quando o sangue passa em um determinado sentido. As válvulas impedem o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole, e as válvulas aortica e pulmonar impedem o retorno do sangue da aorta e da artéria pulmonar para os ventrículos durante a diástole. Todas essas válvulas se fecham e se abrem passivamente. Do lado esquerdo do coração só passa sangue arterial, rico em oxigênio, e do lado direito só passa sangue venoso, rico em gás carbônico.
A circulação sangüínea é a passagem do sangue através do coração e dos vasos. Podemos dividi-las em duas etapas: Pequena circulação ou circulação pulmonar e Grande circulação ou circulação sistêmica.
Na pequena circulação, o sangue venoso que chegou ao átrio direito passa para o ventrículo direito pela válvula tricuspide e, pela artéria pulmonar, é lançada aos pulmões. Depois de sofrer a hematose (transformação do sangue venoso em arterial, nos pulmões, ao contato com o oxigênio do ar respirado) nos pulmões, o sangue oxigenado torna-se outra vez arterial retornando ao átrio esquerdo. Em resumo é uma circulação coração – pulmão – coração.
Regulação da Função Cardíaca
Quando uma pessoa está em repouso, o coração deve bombear apenas 4 a 6 litros de sangue por minuto. Porém, durante o exercício moderado pode ser necessário bombear de 4 à 7 vezes esta quantidade. Na presente seção estudam-se os meios pelos quais o coração pode adaptar-se para tais aumentos extremos no débito cardíaco. Os dois mecanismos básicos pelos quais a ação de bomba do coração é regulada (1 ) auto – regulação intrínseca de bombeamento em resposta às alterações no volume de sangue que chega ao coração e (2) controle reflexo do coração pelo sistema nervoso autônomo.
Efeito da freqüência cardíaca sobre a função do coração como uma bomba.
Em geral quanto mais vezes o coração bate por minuto, mais sangue ele pode bombear, porem, há limitações importantes a esse efeito. Uma vez que a freqüência cardíaca se eleve acima de um nível critico, a força de contração diminui provavelmente devido ao esgotamento de substratos metabólicos no miocardio.
Vasos Sangüíneos
O coração e os vasos sangüíneos formam um sistema de transporte que distribui a todas as células do corpo os materiais necessários para o seu funcionamento adequado e retira de todo o corpo os produtos do metabolismo. Ao trazer oxigênio e materiais nutritivos às células e ao remover o dioxido de carbono e outros metabólicos, a circulação estabelece um modo de comunicação entre as células e o meio externo. Nos níveis mais elevados da escala evolucionária a circulação adquire funções suplementares, como por exemplo, a disseminação de hormônios, que são importantes para muitas células do corpo, mas manufaturadas apenas por órgãos o ou tecidos especializados, bem como a distribuição de gorduras e carboidratos dos depósitos de armazenamento para regiões onde eles são utilizados. Vários mecanismos para defesa do organismo são também transportados pelo sistema vascular e podem ser distribuídos através da corrente circulatória a regiões de injúria ou de invasão.
A corrente circulatória se comunica com as células à serem supridas apenas de maneira indireta, através da mediação de um fluído extracelular no qual todas as células estão imersas. As substancias que deixam o sistema vascular através das paredes de seus ramos menores, os capilares, penetram no fluído extracelular e em seguida atravessam a membrana celular para atingir o interior da célula, Este conceito de um meio interno constante que se comunica, de um lado, com o sangue circulante e de outro lado, com as células é fundamental para a moderna fisiologia.
O sistema cardiovascular inclui o coração, artérias, capilares e veias, todos diferentes função e estrutura. O coração fornece a força matriz que impele o sangue através do sistema, as artérias levam sangue do coração para os tecidos do corpo e as veias devolvem o sangue ao coração. As artérias são um sistema ramificante de vasos que se subdividem de uma maneira mais ou menos ordenada em ramos cada vez mais numerosos e de calibre cada vez menor e que, eventualmente se abrem nos capilares. Os capilares são vasos de paredes finas, com diâmetro de poucos milésimos de milímetro, que se estendem dos menores ramos terminais da arvore arterial aos menores ramos que formam o início do sistema venoso.
Os capilares se anastomosa livremente com seus vizinhos, formando uma rede difusa muito diferente da ramificação relativamente sistemática dos vasos arteriais e venosos. Os canais capilares estão em contato intimo com as células que eles servem, embora o fluído extracelular sempre se interponha entre a parede capilar e a membrana celular. As substancias são distribuídas ou removidas do meio interno pericelular por transferencias através da parede capilar. O sangue transita dessas redes capilares para o interior das veias, que formam um sistema ramificante semelhante àquele das artérias. Aqui, porém, as veias se unem em vasos cada vez menos numerosos e de diâmetro cada vez maior a medida que se aproximam do coração.
O sistema vascular propriamente dito inclui não apenas as artérias, capilares e veias da circulação sistêmica e pulmonar, mas também uma outra rede, conhecida como as dos vasos linfáticos. Esses vasos linfáticos se iniciam no espaço extracelular como vasos pequenos, de paredes delgadas semelhantes aos capilares sangüíneos em tamanho e permeabilidade, com uma única diferença: A de serem fechados em fundo cego em uma de suas extremidades. Os capilares linfáticos abrem-se em linfáticos maiores, que convergem formando canais progressivamente mais amplos, até que acabam por drenar para dentro das grandes veias, próximas do coração. O fluído contido nesses canais, a linfa, carrega solutos que se difundem para dentro dos canais a partir do fluído extracelular e os devolvem ao sangue circulante. Muitos dos canais linfáticos maiores são guarnecidos de válvulas que dirigem o fluxo em direção as veias. Os vasos linfáticos sempre atravessam um ou mais lóbulos linfáticos.
Artérias
São tubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração.
Calibre
Tendo em vista seu calibre, as artérias podem de um modo simplificado ser classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas. As de grande calibre tem diâmetro interno 7 mm, as de médio calibre entre 2,5 a 7 mm, as de pequeno entre 0,5 e 2,5 mm e arteríolas com menos de 0,5 mm de diâmetro interno.
Levando-se em conta a estrutura e função, as artérias classificam-se em: Elástica ou de grande calibre; Distribuidoras (ou ainda musculares) ou de tamanho médio; Arteríolas, que são os menores ramos das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sangüíneo, contribuindo assim para reduzir a tensão do sangue através de sua passagem pelos capilares.
Elasticidade
As artérias possuem elasticidade afim de manter o fluxo sangüíneo constante. A dilatação das artérias em razão da onda sangüínea bombeada na sístole ventricular, forma energia potencial que mantém até certo grau a tensão durante a diástole (dilatação) ventricular. As artérias podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior volume de sangue; podem também distender-se no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos seguimentos corpóreos. Em geral, as artérias se encontram em estado de tensão no sentido longitudinal, o que explica a retração das duas extremidades do vaso quando secionado transversalmente.
Ramos
As artérias emitem ramos terminais e ramos colaterais.
Ramos Terminais
Quando a artéria dá ramos e o tronco principal deixa de existir por causa desta divisão (em geral bifurcação) diz-se que os ramos são terminais.
Ramos Colaterais
São assim classificados quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir. Entre eles situam-se a grande maioria dos ramos arteriais.
Número
O numero de artérias que irriga um determinado órgão é muito variável, mas está em relação não apenas com o volume do órgão, mas principalmente com sua importância funcional e mesmo com sua atividade em determinados momentos. Geralmente um órgão ou uma estrutura recebe sangue de mais de uma artéria embora haja exceções; exemplo: rins e baço.
Situação
As artérias podem ser superficiais ou profundas. As artérias superficiais em geral são oriundas de artérias musculares e se destinam a pele, sendo por isso mesmo de calibre reduzido e distribuição irregular. A quase totalidade das artérias são profundas, e isto é funcional pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm "filia" pelos ossos e "fobia" pela pele. As vezes, a contiguidade entre artéria e osso é tão acentuada que ela faz sulcos nos ossos. No nível das junturas, as artérias principais ficam na face de flexão, onde são mais protegidas contra as trações.
As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo estas mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que acompanha, sendo chamadas veias satélites. Quando decorrem juntos artéria, veias e nervos, o conjunto recebe o nome de feixe vásculo – nervoso. Alguns pequenos trechos de artérias profundas apresentam trajetos superficiais, e disto se aproveitam os médicos para aplicações práticas. Assim, a artéria radial é superficial ao nível da extremidade distal do antebraço, do que se vale o médico para comprimi-la contra o rádio e pesquisar a pulsação.
Veias
São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação ao coração. As veias fazem seqüência aos capilares e transportam o sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o centro do sistema circulatório que é o coração.
Forma
É variável de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. Guando cheias de sangue, as veias são mais ou menos cilíndricas; quando pouco cheias ou mesmo vazias são achatadas. Fortemente distendidas apresentam-se moniliformes ou nodosas devido a presença de válvulas.
Calibre
Como para as artérias, as veias podem ser classificadas em veias de grande, médio e pequeno calibre e vênulas, estas ultimas seguindo-se aos capilares. As veias em geral têm maior calibre que as artérias correspondentes. Em virtude da menor tensão do sangue no seu interior e de possuir paredes mais delgadas, as veias são muito depressiveis, podendo suas paredes entrar em contato ("colabamento") e assim permanecer por algum tempo. O poder de distensão das veias no sentido transversal é tão acentuado, que elas podem segundo alguns autores quintuplicar o seu diâmetro.
Tributárias ou Afluentes
A formação das veias lembra de perto a formação dos rios: Afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se progressivamente mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta a medida que se aproximam do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo a medida que emitem ramos e se afastam do coração.
Número
O numero de veias é maior do que as das artérias, não só porque é muito freqüente a existência de duas veias satélites acompanhando uma artéria, como também pela existência de um sistema de veias superficiais as quais não correspondem artérias. Em geral há duas veias acompanhando uma artéria, mas há exceções: Exemplo, na porção proximal dos membros há uma veia satélite; no órgão genital masculino e no cordão umbilical há duas artérias e uma veia.
Tendo-se em conta que a velocidade do sangue é menor nas veias que nas artérias e que as veias têm de transportar o mesmo volume de sangue num determinado tempo, compreende-se porque o número de veias é maior que o de artérias.
Situação
De acordo com a sua localização em relação às camadas do corpo humano, as veias são classificadas em superficiais e profundas.
Veias superficiais são subcutâneas com freqüência visíveis por transparência na pele, mais calibrosas nos membros e no pescoço. Drenam o sangue da circulação cutânea e servem também como via de descarga auxiliar da circulação profunda. Permitem o esvaziamento rápido de veias dos músculos durante a contração dos membros e assim diminuem o retorno pela circulação profunda. São volumosas e facilmente visíveis nos indivíduos musculosos e menos nítidas no sexo feminino. As veias superficiais não acompanham artérias.
Devido a sua situação subcutânea, é nestas veias que se faz aplicações de injeções endovenosas.
Veias profundas podem ser solitárias isto é, não acompanham artérias ou satélites das artérias. Numerosas veias comunicam veias superficiais com veias profundas e são denominadas veias comunicantes. As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em viscerais, quando drenam as vísceras ou órgãos e em parietais, quando drenam as paredes daqueles seguimentos.
Anastomoses
As anastomoses venosas são mais freqüentes que as arteriais, sendo difícil delimitar o exato território de uma drenagem de uma veia. Mesmo a distribuição de uma veia é extremamente variável, o que torna difícil fixar o padrão normal de distribuição.
Válvulas
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções pois, estão ausentes nas veias do celebro e em algumas veias do tronco e do pescoço. As válvulas são pregas membranosas da camada interna da veia, em forma de bolso. Possuem uma borda aderente a parede do vaso e uma borda livre voltada sempre para a direção do coração. O espaço delimitado pela borda aderente é situado entre a válvula e a parede da veia chama-se seio da válvula. Comparando-a com um bolso de vestuário, a costura do bolso corresponde a borda aderente, a parte sem costura a borda livre e a cavidade do bolso ao seio da válvula. Quando o sangue contido na veia é impulsionado, e empurra a válvula de encontro a parede do vaso, circulando assim livremente em direção ao coração.
Como a progressão da corrente sangüínea venosa não é contínua, cessada a força que o impulsiona, tende o sangue a retornar pela ação da gravidade. Tal fato entretanto não ocorre porque o sangue se insinua no seio da válvula, ocupando-o integralmente e fazendo com que a borda livre se encoste na parede do vaso. Desta forma, a luz da veia é temporariamente obliterada, até que novo impulso faça o sangue progredir em direção ao coração. Pode haver mais de uma válvula em um mesmo ponto de veia, sendo freqüente encontrar duas e mais raramente três. Insuficiência de uma válvula é a impossibilidade de impedir completamente o refluxo do sangue.
A Insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e consequentemente estase sangüínea: Tal estado é conhecido pelo nome de varizes. Alem de orientar a direção da corrente sangüínea, permitindo sua circulação apenas na direção do coração e impedindo seu refluxo, as válvulas dividem a coluna sangüínea venosa, possibilitando ao sangue progredir de seguimento em seguimento. A força do bombeamento cardíaco diminui a medida que o sangue passa por vasos de calibre cada vez menores e sobretudo nos capilares. Nas veias, tensão e velocidade do sangue são menores que nas artérias. Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as veias e impulsiona o sangue nelas contido.
Capilares Sangüíneos
São vasos microscópicos, interposto entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Sua distribuição é quase universal no corpo humano, sendo rara sua ausência em tecidos ou órgãos, como é o caso da epiderme, da cartilagem hialina.
Funcionamento
Em anatomia e fisiologia, o sistema circulatório é percorrido pelo sangue através das artérias, dos capilares e das veias. Este trajeto começa e termina no coração. O aparelho circulatório é responsável pelo fornecimento de oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; além disso, também exerce a função de transportar os produtos finais do metabolismo (excretas como CO2 e uréia) até os órgãos responsáveis por sua eliminação.
A circulação inicia-se no princípio da vida fetal. Calcula-se que uma porção determinada de sangue complete seu trajeto em um período aproximado de um minuto.
Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões.
Veia
Veia
As veias levam ao coração sangue vindo do corpo. Suas paredes são mais finas que as das artérias.
Artéria
Artéria
As artérias levam sangue do coração a todo o corpo. Suas paredes são espessas e dilatáveis.
Capilar
Capilar
Os capilares levam sangue aos tecidos, para fornecer oxigênio às células. Eles ligam artérias e veias.
Coração (o centro funcional)
O aparelho circulatório é formado por um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos. O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos.
O coração é formado por quatro cavidades; as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.
Circulação pulmonar
O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.

Ramificações
As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.
Circulação portal
A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.
CORAÇÃO
Coração
No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração.
O coração é um órgão musculoso oco, o miocárdio, com fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa). O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período avançado da vida; este aumento pode ser patológico.
Localização e funcionamento
Ele se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio. O coração funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias.
Divisão do coração
O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada de duas câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.

Estrutura e funções
A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.
A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático a acelera e o sistema parassimpático a retarda.
Doenças do coração
As doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos. Podem ocorrer em conseqüência de defeitos congênitos, infecções, estreitamento das artérias coronárias, hipertensão ou alterações no ritmo cardíaco.
A principal forma de doença cardíaca nos países ocidentais é a arteriosclerose. O acúmulo de depósito de material lipídico - colesterol - pode causar uma obstrução que tampa as artérias (trombose). Esta é a causa mais importante de um ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio, que tem conseqüências mortais com freqüência .
A alteração do ritmo cardíaco normal (arritmia) é a causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio.
O problema mais grave é o bloqueio cardíaco completo. Este pode ser corrigido pela implantação de um marcapasso artificial (um dispositivo que emite descargas elétricas rítmicas), para provocar a contração regular do músculo cardíaco.
Eletrocardiograma
Um Eletrocardiograma (ECG) registra a atividade elétrica do coração. Um impulso elétrico, gerado no nódulo sino-auricular, precede cada contração do músculo cardíaco; as ondas desenhadas em um ECG traçam o trajeto desses impulsos tal como se propagam no coração. As irregularidades do ECG refletem afecções no músculo, no fornecimento de sangue ou no controle neural do coração

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